quarta-feira, 2 de julho de 2008


MEUS CACHOS PRETOS DAS MANHÃS, DOCE ALANA

Lembro que quando pulavas a sacadinha
Logo me apunhalava com um lindo sorriso....
Acenavas fraca contra a persistência dos ventos
E seus dentes abertos (tão roxos) mal se moviam.

Lembro daquelas manhãs inquietas que precisei
Do teu sorriso para sentir meus pés de volta.
As pernas de Alana serão sempre de Alana;
Mas suas palavras, porém, permanecerão mortas...

Lembro da menina lagarta bem perto de mim
Logo de manhãzinha, ao nascer do sol. Era
Parte da paisagem, a doce Alana... Até que
Os pregos de minhas mãos viraram pó

E o que restou do meu futuro virou bobagem
Até os garotos que não podiam tornaram-se
Homens e agora as lembranças são lembranças.
Mais do que de todas as outras, sinto falta sua, doce Alana....

(Ricardo Chagas)

Um comentário:

Unknown disse...

ricardinho, nao entendo direito esse esquema aqui (de qual comentario é pra qual poema), mas esse aqui de cima ficou mto bom!
gostei dele....