quarta-feira, 3 de agosto de 2011



As Póteses Imáginarias de Marina Flávia (ou "Uma Cobra Chamada Zaphod")

1. Dois Peixes Híbridos: Uma Cobra

os dois últimos peixes foram tão apertados
(quem dera tivessem sido apertados pra valer...)
a vida é assim mesmo: lenta de ruínas.
quando o musismo sentimental ousa se tornar doente
é hora de repensar, mudar e parar com a masturbação.

2. Marina Flávia Beeblebrox

o nome composto mais subestimado da face da terra é Marina Flávia.
Soa bem e não chega a ser clichê. São dois nomes que eu costumava odiar,
mas hoje gosto por soarem muito bem juntos, como se fossem uma fase da vida
onde uma ducha muito muito forte é mais que necessária.

por onde andei, os matos delicadamente me ajudaram a esquecer da poesia,
tornando-me parte daquilo, deixando mudo e imundo meu cérebro lento
separando da vida o conceito da vida.

3. O "Se" da Mutação 

Se eu fosse tentar resumir, resumiria em prosa. Esse poema é só
o esboço de um raciocínio que eu preciso esquecer.
Se mulher ligasse pra poesia, os seios e a vagina deixariam de ser necessários;
a rima meio que compensa a falta de "tudo isso" em mim.

4. Desnecessária

Não sou sério como gostaria de ser.
Detesto poemas autobiográficos, mas, não consigo evitar.
Engulo vírgulas propositalmente por não saber respirar
(na verdade isso acontece só quando escrevo sem ter pingado Neosoro.)
A música celta me acalma em doses cavalares e a popular brasileira, quando chorosa,
me deixa com vontade de mudar de pátria.
O individualismo passou a ser coisa natural depois que inventaram esses chuveiros/duchas
tão fortes que dá até vontade de chorar enquanto tomamos banho.
Marina Flávia só ficaria legal em uma filha legal.
Uma filha de duas cabeça, quem sabe.

(Ricardo Chagas)