OS QUATRO POEMAS DE COPACABANA
Rejeitaram meu cadáver.
Mas entendam que o ser humano é
Podre e independe da morte, mesmo assim .
Os homens deviam querer morrer.
As mulheres deviam só chorar e
O outono devia aparecer sempre por aqui.
Dificilmente serei feliz, seriamente
Penso em me abandonar para sempre.
Entregar meus braços para os braços
Sabendo que não os ganharei. Os bons
Já desistiram, mas hoje sonhei com Alana.
Ás vezes sonho com Alice, que é tão bonita.
Perto do mar que acalma com a tardinha.
Perto dos mulatos que olham entediados
Através da velha e enferrujada sacadinha.
Nem com a tão doce e estimada Alice.
Não me importar é o mesmo que sonhar.
Copacabana me deixou melancólico.
O pandeiro empoeirado: Meus olhos.
Encaro, ainda melancólico, os seios do oceano
E vejo ali dentro, uma cabeça quase humana.
Observar aquilo. Toda presunção dentro do
Poema. E o farol continua aceso mas não vejo
Mais o velho marinheiro. Uma mulher sem roupas
Piscando as luzes do farol. Copacabana me deixa
Melancólico e com vontade de morrer. Acabei
Encostando em um coqueiro e dormi por ali mesmo.
4. Conclusão
Acabei morrendo lá em baixo, embaixo
Daquele coqueiro. Em Copacabana não tive
Nada além das memórias. E as tenho,
Todas, com detalhes agora que estou morto.
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