segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Lua-2 e o Amor Robótico
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Fragilidade e Atuação
Apresento-lhes Clarissa: A loura triunfal é o trunfo da falta de senso, a leve folha de outono no chiqueiro, o treze de copas dos “porquinhos querem lutar”. Clarissa é o presente (ora passado), aquilo que quer conversar com agente e não temos condições sociais de responder. Entendam Clarissa como uma televisão que muda do sem cor ao colorido e quando colorido, as flechas que atravessam as frestas de uma parede a outra, até alcançar, de boca em boca, a ilusão.
Clarissa aparece em todas as festas. Em todas. È um trilho de vai-e-vem nos lábios daqueles que querem ser. Até que ponto evitaremos as festas? Se Clarissa está ali, a outra Clarissa, nunca. A outra Clarissa é a voz do passado, o vai-e-vem do coração, um incoerente de coerência e nada de chiqueiro, mas a toca perdida de um coelho atrasado.
Sei que um troço desses mata, mas, mesmo com tanta diferença do teu rosto aos outros rostos, a única coisa que conseguirá nas festas é a admiração dos tolos e dos junkies bonitos. Quem sabe um dia eu vá dançar ou tocar em uma festa; mas se o fizer, procurarei uma outra Clarissa, uma outra garota loura, pequenina, porque a alma é tão pequena e frágil como um lápis rabiscando um poema fraco no papel.
(Ricardo Chagas)
segunda-feira, 23 de março de 2009
O Primeiro Poema de Júlio Figueiredo (Ou Sem Nada Daqueles Tempos)
Quem perdeu a noite maior
Dentro do peito. Meu nome não é
Ricardo, mas é assim que me chamam.
Muitos que chamam outros nomes
Chamam Ricardo dentro de si.
Eu sou Beatriz, só Beatriz, de alma e corpo
Beatriz. Só é Beatriz quem nunca foi
Ricardo. Apenas eu sou Beatriz, pois é
Tudo o que me restou. Aquilo que eu tinha de
Ricardo, os carniçais famintos já comeram.
terça-feira, 3 de março de 2009
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Receita do Amor (Ou Aquele Poema Quase Apócrifo)
Para encontrar amor
Deixe de lado o casaco bonito
Aquele que imita tua atmosfera perfeitamente
Deixe de lado o perfume da casa que mais gosta e raramente visita
Nunca, nunca mesmo, se apaixone, para amar,
Transforme-se em um inseto insignificante e roa o coração da pseudo-namorada
E encontre, dentro dele, uma noite que não existe
Misture a noite com os olhos rubros da musa maior,
Veja o liquidificador girar feito a roda gigante dos sonhos de criança,
E, enquanto não fica pronto, suicide cortando a garganta com uma estrela sem-pontas.
(Ricardo Chagas)