A Vida, esta Colher
“I have measured out my life with coffee spoons;”
– T.S.Eliot
Todos tentam poesias sobre a vida
(Ou senão, tentam enxerga-la como uma poesia).
Até agora não me tenho lembrado de
Nada que eu tenha lido que parecesse
Um pouco mais que um breve e curto suspiro.
(A praça parada é pior do que parece).
Claro, a vida é monótona e tudo o mais
E não devia ser descrita em versos.
Às vezes, somos parte duma prosa mal-escrita,
Outras vezes, dum roteiro daqueles filmes que ninguém gosta.
(A Poesia são só os sonhos que não se realizam nunca!
E esta é a única parte deste poema que presta...)
Peço a todos vocês, sejam poetas ou não:
Não encarem a vida com tanta poesia nem
Façam poesias muito belas sobre a vida. Já não basta
A prosa ruim e o roteiro horrível. Para que, me digam,
Idolatrar (afinal, a poesia é para isso),
Uma coisa que no final das contas, te deixará abandonado
(E pior de tudo, aposentado) num banco de pedra da praça?
Vejam bem, nem melancólico é! Eu não consigo sequer
Fazer rimas. A vida, essa real a qual vivemos, é uma prosa que acaba
Com pombos achando que nossos pés são migalhas de pãozinho.
Um comentário:
mas fala sério, a poesia só é linda porque é em todos os sentidos um erro
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