Ainda Há Tempo (ou “Poema Perdido e
Rural de Dia dos Namorados”)
há quebras, viagens longínquas à riachos desimportantes.
há camas, lençóis bordados e conchas noturnas.
há pedras, panelas, bacias, casinhas, cachorros, cabritos e
porcos.
há sonhos e noites dentro de noites mais pretas ainda.
atrás do riacho fizemos a fogueira tão rodada e circular.
atrás das conchas navegamos por oceanos frios com
marinheiros mal-humorados.
atrás do cabriteiro há as lendas e os contos, e duas
cadeiras de palha estendidas para lermos romances de ficção juntos.
atrás da noite mais preta há o seu sorriso estrelar, a única
coisa que me anegreja quando há luz no dia.
Um comentário:
é lindo...mas me perdi nas suas palavras. ela voou.
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