domingo, 13 de novembro de 2011




Estômago Vazio: Um bocado de Charutos Caros, Três Taças de Vinho do Porto para Ela, Três Copos de alguma India Pale Ale para Mim

parecendo uma Luísa velha, aparecestes novamente
com a bunda mais linda que da última vez
e com os dentes da frente separados.

tantas as ocasiões em que me acolhi no teu peito vazio
viestes em diferentes formas e nomes
mas o "ricardo" dito sempre foi minúsculo e provocante
como se em todas as vezes você estivesse pedindo por um pinto dentro de você.

um copo de cerveja laranja molha teu sorriso bonito,
bonito, tão bonito e simples como a própria palavra bonito.
indelicada é aquela que me ama e me suporta.
você é uma puta delicada, de essência feminina e vasta como os campos verdes da Irlanda.

a falta de inspiração me mata e você é, por essência, imbecil como ninguém (ou como quase todo mundo).
se queres mesmo saber, essa é a primeira vez em que a paixão termina antes do poema;
mas mesmo assim eu lhe devo este e alguns outros, pois há tempos estou bem para valer
(como eu odeio estar bem para valer! como os frios me fazem falta!)

é tarde da noite e estou esperando que você apareça magicamente em minha cama de viúvo
pois preciso enfiar a língua e o nariz em tua vagina semi-apertada
quero que você implore, chore, desobedeça minhas ordens e arranhe meus olhos
como se tivesses nascido para ser como uma espécie de amante cruel, desleal e suja
como se tivesses nascido para me ter, me engravidar ao contrário e sentir meus catarros escorrendo por suas pernas
seu buraco é tão lindo, Luísa, seu buraco é tão fundo que, se eu fosse me matar,
eu apenas colocaria o nariz dentro e esperaria.
(você poderia me ajudar dando uma mijada forte)

espero que você me faça e me assassine como no dia em que te conheci:
vagabunda fofa sussurrando em ouvido traiçoeiro.

(Ricardo Chagas)

Um comentário:

Anônimo disse...

"se queres mesmo saber, essa é a primeira vez em que a paixão termina antes do poema;
mas mesmo assim eu lhe devo este e alguns outros, pois há tempos estou bem para valer
(como eu odeio estar bem para valer! como os frios me fazem falta!)"

nao.